Inflação: O Vilão que Come Seu Dinheiro (E Como Ficar de Olho Nisso)
- Ícaro Santana
- 24 de out. de 2024
- 3 min de leitura

Você já reparou que, de um ano para o outro, aquele cafezinho que você sempre toma parece ficar mais caro? Não, você não está imaginando coisas! Isso é a famosa inflação, um termo que todo mundo já ouviu falar, mas que poucos sabem exatamente o que significa. Então, vamos explicar de uma vez por todas o que é inflação, e como ela impacta o seu bolso no dia a dia.
O Que é Inflação?
A inflação nada mais é do que o aumento geral e contínuo dos preços dos produtos e serviços ao longo do tempo. Ou seja, ela diminui o poder de compra do seu dinheiro. Com a inflação, aquele valor que você tinha guardado na gaveta vai comprando cada vez menos coisas.
Exemplo rápido: Se hoje você compra um lanche por R$ 10, e a inflação for de 5% no ano, no próximo ano esse mesmo lanche pode custar R$ 10,50. Parece pouco? Mas quando você multiplica isso por todos os produtos e serviços do seu dia a dia, a diferença começa a pesar.
Como Medimos a Inflação?
No Brasil, a inflação é medida por índices, que acompanham a variação dos preços de uma cesta de produtos. Os dois índices mais famosos são o IPCA e o IGP-M. Mas qual é a diferença entre eles?
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo):
O IPCA é o índice oficial da inflação no Brasil, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele mede a variação dos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos. Ou seja, ele reflete o aumento do custo de vida do consumidor médio. O IPCA é o indicador que o Banco Central usa como referência para controlar a inflação, e é também o índice mais utilizado para reajustar salários e benefícios, por exemplo.
Exemplo: Quando você ouve falar que "a inflação do ano foi de 6%", geralmente estamos falando do IPCA. Se o IPCA subiu 6%, significa que, em média, os preços dos produtos e serviços subiram 6% no ano.
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado):
O IGP-M é calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e também mede a inflação, mas com um foco diferente do IPCA. Ele leva em conta, além dos preços ao consumidor, o custo de produtos e serviços no atacado e na construção civil. O IGP-M é amplamente utilizado no reajuste de contratos de aluguel e tarifas de energia, e também é chamado de “inflação do aluguel”.
Exemplo: Se você tem um contrato de aluguel, ele provavelmente é reajustado anualmente com base no IGP-M. Se o índice subir 10% em um ano, pode esperar que o aluguel também suba nessa mesma proporção.
Impactos da Inflação na Sua Vida
Menor Poder de Compra: O efeito mais óbvio da inflação é que o dinheiro que você ganha compra menos coisas. Se a inflação sobe muito, sua renda perde poder, e o que você comprava com R$ 100 no ano passado pode custar R$ 110 ou mais no próximo.
Reajustes Salariais: Muitas empresas usam o IPCA como base para o reajuste de salários. A ideia é que o seu salário suba, pelo menos, na mesma proporção que a inflação, para manter o seu poder de compra. Mas nem sempre isso acontece…
Contratos de Aluguel e Tarifas: Se você mora de aluguel, é bom ficar de olho no IGP-M. Como mencionamos, esse índice geralmente é usado para reajustar os contratos. Quando o IGP-M está alto, o aluguel sobe junto. Da mesma forma, o IGP-M pode influenciar reajustes de tarifas de energia e água.
Como Se Proteger da Inflação?
A melhor maneira de se proteger da inflação é investir seu dinheiro em ativos que rendem acima dela. Investimentos atrelados ao IPCA, como Tesouro IPCA ou alguns CDBs, são uma ótima opção, pois garantem que seu rendimento vai, pelo menos, acompanhar o aumento dos preços.
Fique de Olho!
A inflação está sempre por aí, comendo pelas beiradas o seu poder de compra. Mas, sabendo como ela funciona e se protegendo com os investimentos certos, você pode manter seu dinheiro sempre trabalhando a seu favor. Fique atento ao IPCA, ao IGP-M e às oportunidades de proteger o que é seu!
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